sábado, 28 de março de 2015

"Boeing Boeing" no Teatro Villaret até 12 de Abril


O "Mário Lisboa entrevista..." tem o prazer de apoiar a peça "Boeing Boeing" de Marc Camoletti, encenada por Claudio Hochman e protagonizada por João Didelet (http://mlisboaentrevista.blogspot.pt/2012/07/mario-lisboa-entrevista-joao-didelet.html), Luís Esparteiro, Sofia Ribeiro, Elsa Galvão (http://mlisboaentrevista.blogspot.pt/2011/08/mario-lisboa-entrevista-elsa-galvao.html), Melânia Gomes e Bárbara Norton de Matos, na qual está em cena no Teatro Villaret até ao próximo dia 12 de Abril.

Produzida pela Yellow Star Company, "Boeing Boeing" estreou pela primeira vez em Março de 2014 no Teatro da Trindade e tem desenvolvido um bem-sucedido percurso a nível de receção do público, cuja história é sobre Bernardo (Luís Esparteiro), um mulherengo e arquiteto de profissão que está noivo de três hospedeiras de bordo (Sofia Ribeiro, Melânia Gomes e Bárbara Norton de Matos), com quem vive em diferentes países, sem que estas saibam da existência umas das outras, e só Berta (Elsa Galvão), a fiel empregada doméstica, é cúmplice do jogo amoroso, ajudando Bernardo na troca de fotografias, roupa de cama e ementas para que nenhuma desconfie da presença das outras. Um dia, chegam a casa todas ao mesmo tempo. Quem não esperava ser apanhado em tremenda trama é Roberto Seguro (João Didelet), o amigo de longa data de Bernardo que se vê metido na confusão.

















Mário Lisboa

sábado, 21 de março de 2015

Mário Lisboa entrevista... Rita Calçada Bastos

Estreou-se na representação em 1998 com o espetáculo "Área Medioeva", e desde aí tem desenvolvido um reputado percurso como atriz que já conta com 17 anos de existência, na qual passa pelo teatro, pelo cinema e pela televisão (onde entrou em produções como "Todo o Tempo do Mundo" (TVI), "Casos da Vida" (TVI), "Feitiço de Amor" (TVI), "Dias Felizes" (TVI), "Morangos com Açúcar" (TVI) e "Belmonte" (TVI). Além da representação, também é encenadora, e planeia para muito breve o regresso ao teatro e à televisão, depois de se ter estreado na maternidade. Esta entrevista foi feita no passado dia 17 de Março.

M.L: Quando surgiu o interesse pela representação?
R.C.B: Há 17 anos atrás, quando me inscrevi no curso de teatro de uma companhia teatral brasileira chamada Os Sátyros que ficava na Rua do Telhal.

M.L: Quais são as suas influências, enquanto atriz?
R.C.B: Desde miúda que nunca tive ídolos nem posters de estrelas de cinema ou de estrelas pop no quarto. Acredito que somos fruto das nossas experiências e das pessoas que vamos encontrando pela vida, dos livros que lemos, dos filmes e discos. Desta forma as minhas influências são inequivocamente uma mistura de todas estas vivências e daquilo que o meu imaginário depreende delas.

M.L: Faz teatro, cinema e televisão. Qual destes géneros que mais gosta de fazer?
R.C.B: Gosto sobretudo de representar.

M.L: Qual foi o trabalho que mais a marcou, até agora, durante o seu percurso como atriz?
R.C.B: É para mim difícil de lhe responder a essa pergunta, porque o último trabalho é de algum modo o resultado do anterior e assim de todo um percurso. Nesse sentido todos me marcaram.  

M.L: Em 2008, participou no telefilme “Anjos de Serviço” da série “Casos da Vida” (TVI), na qual interpretou a personagem Paula Santos. Que recordações guarda desse trabalho?
R.C.B: A Paula era uma mulher simples que queria o melhor para o seu filho. Talvez por ser de uma classe social mais desfavorecida havia nela uma exigência e uma vontade que o filho vingasse na vida, e talvez pelo facto de o educar praticamente sozinha o seu cansaço tornava-a por vezes ansiosa e agressiva aos olhos dos outros. Mas quem nós somos na realidade não é necessariamente como nos vêem, não acha?

M.L: Como vê, atualmente, o teatro e a ficção nacional?
R.C.B: Infelizmente, o teatro sobrevive com muita dificuldade, mas não deixa de ser para mim a casa onde se pode sonhar e fazer sonhar.

No que diz respeito à ficção nacional parece-me que tem evoluído cada vez mais e fico contente por saber que começam a haver cada vez mais projetos em que vão buscar atores com formação e diretores de atores maravilhosos, autores que sabem escrever e equipas felizes, como foi o caso de “Belmonte” (TVI), uma novela que tive o prazer de fazer mais recentemente.

M.L: Em 2015, celebra 17 anos de carreira, desde que começou com o espetáculo “Área Medioeva” em 1998. Que balanço faz destes 17 anos?
R.C.B: Bastante positivo. Vivi-os sempre a trabalhar. Que mais se pode querer?

M.L: Além da representação, também é encenadora. Em qual destas atividades em que se sente melhor?
R.C.B: Não consigo separar-me nem separar estas atividades, porque para mim fazem parte da necessidade de criar, recriar, habitar, inventar, da minha maneira de ver a vida. A minha profissão é um veículo por excelência para expressar essa minha visão e que apenas é dada por linguagens diferentes.

M.L: Qual conselho que daria a alguém que queira ingressar numa carreira na representação?
R.C.B: Que trabalhe muito, que seja muito sério na forma como encara a profissão e que seja saudável. Um ator é um atleta de alta competição. Tem de estar pronto para entrar em qualquer campeonato e vestir qualquer fato. Deve jogar sempre para ganhar a taça de campeão do Mundo.

M.L: Quais são os seus próximos projetos?
R.C.B: Planeio o meu regresso ao teatro para muito breve bem como o regresso à televisão.

M.L: Qual é a coisa que gostava de fazer e não tenha feito ainda nesta altura da sua vida?
R.C.B: Um retiro de silêncio.ML

Fotografia: Bruno Simão

terça-feira, 17 de março de 2015

domingo, 15 de março de 2015

Mário Lisboa entrevista... Carolina Ferreira

Natural de Oliveira do Bairro, o interesse pelo jornalismo surgiu quando era nova e nos últimos 13 anos tem desenvolvido um considerável percurso como jornalista que passa, essencialmente, pela televisão e pela rádio. Trabalhou na SIC Notícias e desde 2003 que trabalha na RTP/Antena 1 na delegação de Coimbra, e nos últimos anos tem sido premiada por algumas das reportagens que tem feito para a emissora de rádio, e gostava de, um dia, viajar pelo Mundo com a família. Esta entrevista foi feita no passado dia 11 de Março.

M.L: Quando surgiu o interesse pelo jornalismo?
C.F: Não me recordo exatamente da data. Sei que na altura da escola secundária já traçava esse objetivo. Fui por isso estudar Jornalismo na Universidade de Coimbra. A paixão não esmoreceu e tornou-se parte da minha vida. Já tentei fazer esse exercício mental, mas na verdade não me consigo imaginar a trabalhar noutra área.

M.L: Quais são as suas influências, enquanto jornalista?
C.F: Suponho que me pergunta por fontes de inspiração. São muitas e diversas. Desde a Literatura ao Cinema, desde uma viagem até uma pessoa que conheço casualmente. Tudo o que nos rodeia pode fazer despertar uma boa história. Quanto às minhas referências, tenho aprendido muito com os bons profissionais da minha casa, tanto na Antena 1 como na RTP.

M.L: Como jornalista, trabalha na televisão e na rádio. Qual destes meios de comunicação que mais gosta de trabalhar?
C.F: Gosto dos dois. Não de forma igual, cada um com as suas especificidades. A Antena 1 desafia-me frequentemente para trabalhar em grandes formatos, reportagens de maior fôlego, mais pensadas, mais detalhadas. A RTP obriga-me muitas vezes a cobrir determinado assunto em direto, missão que me põe constantemente à prova. Costumo dizer que espero nunca vir a ser obrigada a escolher. Sinto-me realizada assim, com a possibilidade rara de trabalhar para os dois meios. Agradeço a confiança depositada em mim e esforço-me para não defraudar expectativas.

M.L: Trabalhou na SIC Notícias e desde 2003 que trabalha na RTP/Antena 1 na delegação de Coimbra. Que balanço faz do tempo em que trabalha no canal televisivo/emissora de rádio?
C.F: Têm sido 11 anos fantásticos, tecidos de momentos felizes e outros dececionantes, de boas conquistas e alguns falhanços, de muitas alegrias e frustrações ocasionais. Nem podia ser de outra forma. Como apaixonada pelo meu trabalho tenho ao mesmo tempo a fasquia pessoal muito elevada. Sou intolerante com o erro e lido mal com o fracasso. Logo de seguida, vou à luta para tentar fazer mais e melhor. 

M.L: Como vê a evolução que a RTP tem tido, desde que ingressou no canal até agora?
C.F: Vejo que a RTP e a Antena 1, como estações de serviço público, estão sob constante escrutínio público e têm todos os dias de afirmar-se pela qualidade e pela diferença. Estar permanentemente no fio da navalha pode ser cansativo, diria mesmo extenuante. Penso que o maior desafio tem sido esse. Mesmo com as críticas diárias e com a constante saída de profissionais, conseguir que quem aqui trabalha mantenha a mesma dedicação e empenho. 

M.L: Qual foi o trabalho que mais a marcou, até agora, durante o seu percurso como jornalista?
C.F: Ser enviada especial a Chipre em 2013, na altura em que eclodiu a crise financeira, para rádio e televisão. Pelo desafio e pela responsabilidade. Mas seria injusta se não referisse muitos outros trabalhos que tenho realizado a partir de Coimbra, com um olhar alargado sobre a região Centro. Interesso-me particularmente por temas relacionados com os direitos humanos e tenho conseguido, de vez em quando, focar-me nessa área.

M.L: Como vê, atualmente, a Comunicação Social em Portugal?
C.F: Penso que não dá para pintar um retrato único. Existem escolas distintas, caminhos diversos de trilhar o jornalismo. Penso que hoje existe oferta para todo o tipo de procura. Algumas respostas com mais qualidade do que outras.

M.L: É natural de Oliveira do Bairro que pertence ao Distrito de Aveiro, onde vive até hoje. Gostava de, um dia, passar a trabalhar e a viver em Lisboa?
C.F: Não tenho esse objetivo. Acredito que nas delegações se pode cumprir tão bom jornalismo quanto nas redações centrais. Defendo que a rede de correspondentes constitui uma das grandes riquezas da Rádio e Televisão de Portugal, dando um forte contributo para a RTP e a Antena 1 marcarem a diferença.

M.L: Nos últimos anos tem sido premiada por algumas das reportagens que tem feito para a Antena 1. Tendo em conta a sua discrição a nível profissional, como lida com este tipo de reconhecimento?
C.F: Lido com normalidade. Claro que sinto orgulho por ver o meu trabalho reconhecido. Mas não deixo de sentir a pressão, a adrenalina e o receio de falhar por causa disso. Cada distinção acaba por ser mais um incentivo, um indicador de que estou a seguir na direção certa, e dá-me sempre vontade de fazer mais e melhores reportagens.

M.L: Qual conselho que daria a alguém que queira ingressar numa carreira na área do jornalismo?
C.F: Refletir bem, porque é uma profissão que exige muito esforço e dedicação. Mas se tem a certeza de que é mesmo este o caminho, então terá de estudar muito, trabalhar muito... e boa sorte! 

M.L: Que balanço faz do percurso que tem feito, até agora, como jornalista?
C.F: Acho que ainda é cedo para balanços. O que sinto é que sou agora melhor jornalista do que no passado e acredito que vou continuar a ter essa sensação no futuro. Acho que estou constantemente a tentar aprender mais, a pôr-me à prova, a querer superar-me. Gostava de ter mais tempo para me dedicar às grandes reportagens, um formato em que me sinto confortável.

M.L: Quais são os seus próximos projetos?
C.F: Tenho sempre várias ideias de reportagem à espera de oportunidade. Tomo notas no telemóvel e no computador. Algumas chegam a ver a luz do dia. Outras não passam do projeto. Gostava de me conseguir libertar mais das tarefas do dia-a-dia para investir nestes trabalhos. De resto, não tenho neste momento grandes aspirações profissionais. Aos 34 anos atingi um patamar de realização pessoal que me faz sentir feliz exatamente assim como estou, aqui neste mesmo local.

M.L: Qual é a coisa que gostava de fazer e não tenha feito ainda nesta altura da sua vida?
C.F: Uma viagem de volta ao Mundo com o meu marido e a minha filha.ML

quarta-feira, 11 de março de 2015

quinta-feira, 5 de março de 2015

"O Comboio das Mulheres"


No próximo dia 12 de Março, vai decorrer o lançamento do livro "O Comboio das Mulheres" na Galeria de Arte do Casino Estoril às 18h30.

"O Comboio das Mulheres" foi lançado originalmente em 1996 e marcou a estreia da jornalista da SIC, Ana Paula Almeida (http://www.mlisboaentrevista.blogspot.pt/2014/09/mario-lisboa-entrevista-ana-paula.html), na literatura, na qual foi bem-recebido na altura e é uma singela homenagem à figura da Mulher e a sua luta pela Dignidade e igualdade de Direitos no Mundo, mas também por vezes pelo reconhecimento, respeito, carinho e amor dos que lhe estão mais próximos.

Em 2015, é alvo de uma reedição da chancela da recém-criada Dream Editora, mas com mais Contos, Crónicas e outros textos inéditos, além de várias novas ilustrações dos artistas plásticos Alba Simões, António Sem, Artur Bual, Cargaleiro, Edgardo Xavier, Filomena Morim, Gustavo Fernandes, Francisco Relógio, Helena Pedro Nunes, João Feijó, Luís Vieira-Baptista e Rogério Timóteo, e de uma crítica do político e professor Marcelo Rebelo de Sousa (http://www.mlisboaentrevista.blogspot.pt/2013/10/mario-lisboa-entrevista-marcelo-rebelo.html).

Mário Lisboa

Mário Lisboa entrevista... Rita Neves

O interesse pelo jornalismo surgiu desde muito cedo e nos últimos 10 anos tem desenvolvido um sólido e considerável percurso como jornalista. Trabalhou na rádio e desde 2007 que trabalha na SIC, e, atualmente, está a preparar-se para o maior desafio da sua vida a nível geral: ser Mãe. Esta entrevista foi feita no passado dia 4 de Fevereiro.

M.L: Quando surgiu o interesse pelo jornalismo?
R.N: O gosto pelo jornalismo surgiu muito cedo, na infância. Nas brincadeiras com os amigos e irmãos, simulava noticiários televisivos e entrevistas. Aos 7 anos, pedi pelo Natal um microfone para poder “fazer diretos”. Fascinava-me o relato e o comunicar as notícias aos outros.

M.L: Quais são as suas influências nesta área?
R.N: A primeira grande influência foi sem dúvida o Pedro Mourinho, quando surgiu o “Caderno Diário” na RTP. Era uma criança e o programa fascinou-me de imediato. Não perdia uma edição. Depois, claro, fui crescendo e descobrindo muitos outros nomes que ainda hoje me inspiram. O Carlos Fino, o Mário Crespo, o Henrique Cymerman, a Alberta Marques Fernandes, entre muitos outros…

M.L: Trabalhou na rádio e desde 2007 que trabalha na SIC. Que balanço faz do tempo em que trabalha no canal?
R.N: Um balanço muito positivo. Sinto-me satisfeita com o meu percurso e evolução nestes quase 9 anos. Penso que tenho crescido no tempo certo, com uma evolução sólida e sustentada. Tenho tido boas oportunidades de crescimento e de expansão dos meus conhecimentos e experiência.

M.L: A SIC existe desde 1992. Como vê o percurso que o canal tem feito, desde a sua fundação até agora?
R.N: O percurso do canal de referência em Portugal. É sem dúvida aquele que mais confiança e credibilidade inspira nos espectadores portugueses. Tem sabido trabalhar muito bem nesse sentido, nunca descurando a importância que essa confiança assume. Tem, nos últimos anos, lidado com os problemas financeiros comuns a todo o panorama audiovisual, mas tem sabido manter a linha de identificação.

M.L: Qual foi o trabalho que mais a marcou, até agora, durante o seu percurso como jornalista?
R.N: Não há nenhum em que possa dizer “este foi o mais marcante”. Felizmente, tenho tido vários desafios bastante importantes no meu percurso e que me têm permitido dar mais um passo em frente e evoluir profissionalmente.

M.L: Em 2012, apresentou o programa “Portugal Marca” que foi exibido na SIC Notícias e produzido pela produtora Olhoazul de Cristina Amaro, na qual era dedicado a empresas que contribuem para o crescimento da Economia nacional e projetos de empreendedorismo e inovação. Que recordações guarda desse trabalho?
R.N: Boas recordações e pena pelo programa ter chegado ao fim. Numa altura em que apenas se falava de crise e de más notícias, existir um espaço para mostrar os aspetos positivos do nosso País e da nossa Economia, era fundamental e tinha uma boa influência na Economia. Lamento que os potenciais investidores não tenham reconhecido a mesma importância e que, por falta de apoios, o programa tivesse chegado ao fim.

M.L: Como vê, atualmente, a Comunicação Social em Portugal?
R.N: Com alguma preocupação. A conjuntura económica tem criado constrangimentos perigosos que originam, um desinvestimento em novos projetos, em ideias e profissionais. Tenho esperança que o quadro possa inverter-se em breve, caso contrário está iminente o risco da qualidade deteriorar de tal maneira que será difícil voltar a conquistar a confiança e credibilidade por parte dos espectadores, ouvintes ou leitores.

M.L: Em 2009, fez um estágio no canal de informação britânico Sky News. Durante o tempo em que fez o estágio, que diferenças é que encontrou entre Portugal e Inglaterra, no que diz respeito ao modo de fazer jornalismo?
R.N: Mais do que as diferenças entre a maneira de fazer jornalismo, são as diferenças entre o modo de pensar na gestão de uma empresa noticiosa e de uma redação televisiva. Os ingleses são muitíssimo organizados e a redação da Sky News é uma máquina muito bem oleada. A estrutura da redação também está muito bem definida, de modo a que todos os trabalhadores saibam qual o seu papel. Aqui, à boa maneira portuguesa, estamos mais habituados a viver o dia-a-dia e a improvisar mais. 

M.L: Qual conselho que daria a alguém que queira ingressar numa carreira na área do jornalismo?
R.N: Sejam curiosos, não tenham medo de ter a iniciativa e de serem persistentes.

M.L: Que balanço faz do percurso que tem feito, até agora, como jornalista?
R.N: Um balanço positivo. Tenho feito um caminho consistente, que me tem permitido crescer de uma forma sólida e coerente.

M.L: Quais são os seus próximos projetos?
R.N: Neste momento, o meu maior projeto é pessoal, já que me preparo para ser mãe!

M.L: Qual é a coisa que gostava de fazer e não tenha feito ainda nesta altura da sua vida?
R.N: Ir para um cenário de conflito fazer reportagem.ML

domingo, 1 de março de 2015

Brevemente...

Entrevista com... Rita Neves (Jornalista da SIC)

Mário Lisboa entrevista... Cristina Cavalinhos

Estreou-se na representação em 1982 ao criar o grupo de teatro (H)oraviva em Setúbal, onde é natural, e desde aí tem desenvolvido um considerável percurso como atriz que já conta com 33 anos de existência, na qual passa, essencialmente, pelo teatro e pela televisão (onde entrou em produções como "Herman Enciclopédia" (RTP), "Anjo Selvagem" (TVI), "Morangos com Açúcar" (TVI), "Inspetor Max" (TVI), "João Semana" (RTP), "Floribella" (SIC), "Casos da Vida" (TVI), "O Beijo do Escorpião" (TVI), "Água de Mar" (RTP) e "Bem-vindos a Beirais" (RTP). Uma das atrizes mais acarinhadas pelo público português, também tem experiência em dobragens, locuções e direção de atores, e vai regressar brevemente ao teatro com o espetáculo "A Cruzada das Crianças" que vai voltar a estar em cena no Centro Cultural de Belém, depois de ter sido estreado lá pela primeira vez em 2014. Esta entrevista foi feita no passado dia 3 de Fevereiro.

M.L: Quando surgiu o interesse pela representação?
C.C: Com 15 anos, estava eu no 10º ano e como não me bastava a escola, formei um grupo de teatro amador com os meus colegas de escola e fomos à Câmara Municipal de Setúbal pedir o espaço que na altura estava desocupado, o Círculo Cultural de Setúbal, atualmente é a Casa da Cultura. Foi-nos concedida a chave, limpámos o espaço, organizámos uma inauguração e formámos o grupo de teatro (H)oraviva. Desde aí nunca mais parei!

M.L: Quais são as suas influências, enquanto atriz?
C.C: São dos atores e encenadores com quem trabalhei, Carlos Rodrigues, Henrique Canto e Castro, Isabel de Castro, e os encenadores e mestres João Mota e Luís Miguel Cintra, e ainda os encenadores Pompeu José e  António Pires. Todos eles me passaram ensinamentos, posturas e técnicas que ainda hoje utilizo no meu processo de criação.

M.L: Faz, essencialmente, teatro e televisão. Gostava de trabalhar mais em cinema?
C.C: Claro que sim! No meu entender, o ator deve fazer de tudo dentro da sua área profissional. No caso do Cinema, uma vez que não existe praticamente formação é fazendo que vamos adquirindo a técnica própria para representar para Cinema.

M.L: Qual foi o trabalho que mais a marcou, até agora, durante o seu percurso como atriz?
C.C: Eu não consigo selecionar um trabalho, uma vez que todos tiveram a sua importância no seu devido tempo. Tento que em cada trabalho a minha dedicação seja a mais intensa possível para que o ato de criação seja levado a "bom porto".

M.L: Foi diretora de atores da telenovela “Feitiço de Amor” que foi exibida na TVI entre 2008 e 2009. Que recordações guarda desse trabalho?
C.C: Uma excelente relação de camaradagem com os técnicos e atores que participaram no "Feitiço de Amor". Relembro ainda o apoio incondicional do Coordenador/Realizador António Borges Correia. Foi o meu primeiro projeto como diretora de atores e estava muito nervosa, daí salientar todo o apoio que me deram.

M.L: Como vê, atualmente, o teatro e a ficção nacional?
C.C: Temos de separar as "águas", no que respeita ao Teatro e Cinema vejo com alguma apreensão visto os nossos governantes estarem a utilizar uma política de indiferença e de desresponsabilização em relação à Cultura e à Educação artística. Por todo o País, todos os dias, fecham escolas, associações culturais, teatros, cinemas... A Cultura é a alma de um povo e sem Cultura acaba a esperança e começa a ignorância! Contudo a criação não pára sendo os atores, realizadores, encenadores, técnicos, etc. a investir na nossa Cultura e a criar, produzir e apresentar as suas criações.

No que respeita à ficção televisiva acho que está cada vez melhor, com mais projetos e mais diversificados. Temos crescido nessa matéria e a concorrência entre canais de televisão gera quase sempre qualidade.

M.L: Como lida com o público que acompanha sua carreira há vários anos?
C.C: Com muita timidez e carinho, sempre que me abordam na rua eu penso que vale a pena continuar a ser atriz.

M.L: Qual conselho que daria a alguém que queira ingressar numa carreira na representação?
C.C: Se querem mesmo ser atores têm de lutar muito, procurar sempre formação diversa e ser persistente. Não basta o talento. É preciso lutar, amar e não desistir à primeira. É ainda importante estar conectado com o Mundo que o rodeia. É mais do que ser artista. É ser "artesão" da condição humana.

M.L: Que balanço faz do percurso que tem feito, até agora, como atriz?
C.C: 33 anos de altos e baixos como todos os atores. Não trocava por nada.

M.L: Quais são os seus próximos projetos?
C.C: Para Maio, um espetáculo de teatro com a Companhia Gato Que Ladra no CCB, "A Cruzada das Crianças". Depois, o futuro dirá.

Em televisão aguardo convites…

M.L: Qual é a coisa que gostava de fazer e não tenha feito ainda nesta altura da sua vida?
C.C: Tanta Coisa! Vamos ver o que a vida me reserva!ML