quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Mário Lisboa entrevista... Fernanda Serrano

Estreou-se na representação com a longa-metragem espanhola "Muere, Mi Vida" (1996), e desde aí tornou-se numa das atrizes mais brilhantes e acarinhadas pelo público português nos últimos 20 anos, com um percurso que passa pelo teatro, pelo cinema e pela televisão (onde entrou em produções como "A Grande Aposta" (RTP), "Os Lobos" (RTP), "Jornalistas" (SIC), "Jardins Proibidos" (TVI), "Filha do Mar" (TVI), "Amanhecer" (TVI), "Queridas Feras" (TVI), "Dei-te Quase Tudo" (TVI), "Tu e Eu" (TVI), "Sedução" (TVI), "Louco Amor" (TVI) e "Mundo ao Contrário" (TVI). Recentemente, participou na longa-metragem "Os Gatos Não Têm Vertigens" de António-Pedro Vasconcelos, e, atualmente, participa na telenovela "Mulheres" que está em exibição na TVI e partilha com Maria Henrique e Ana Brito e Cunha o protagonismo da peça "40 e Então?" que está em digressão, na qual é a sucessora da peça "Confissões das Mulheres de 30" que foi protagonizada pelo trio. Esta entrevista foi feita no passado dia 6 de Outubro.

M.L: Quando surgiu o interesse pela representação?
F.S: Em 1995, quando fiz o meu 1º filme em Espanha, "Muere, Mi Vida" (1996) de Mar Targarona.

M.L: Quais são as suas influências, enquanto atriz?
F.S: Definitivamente a atriz Cate Blanchett faz parte das minhas maiores e melhores referências; a nível nacional a extraordinária Luísa Cruz!!!

M.L: Faz teatro, cinema e televisão. Qual destes géneros que mais gosta de fazer?
F.S: Todos, mas não ao mesmo tempo. Já fiz e apesar de ser um bom mas difícil exercício, não nos deixa desfrutar do trabalho em si. Do projeto. São registos tão diferenciados, que não se torna eficaz emocionalmente.

M.L: Qual foi o trabalho que mais a marcou, até agora, durante o seu percurso como atriz?
F.S: A novela "Amanhecer" (TVI), foi a que mais gostei, pela personagem em si.

M.L: Entre 1997 e 1998, participou na telenovela “A Grande Aposta” que foi exibida na RTP e marcou a sua estreia na ficção televisiva, na qual interpretou a personagem Carlota Costa. Que recordações guarda desse trabalho?
F.S: As melhores, pelo excelente elenco, história e, obviamente, por ter sido a primeira novela que fiz.

M.L: Como vê, atualmente, o teatro e a ficção nacional?
F.S: Vejo tudo muito pouco acompanhado, pouco acarinhado e respeitado, não pelo público, que é o nosso motor e é extremoso, mas pelas direções de estação e sobretudo pelo Estado.

M.L: Como lida com o público que acompanha sua carreira há vários anos?
F.S: Da melhor e mais saudável forma possível. Dou muito, mas recebo muito mais. Só posso e devo agradecer muito tanta dedicação e carinho.

M.L: Atualmente, co-protagoniza a peça “40 e Então?” que está em digressão, na qual é a sucessora da peça “Confissões das Mulheres de 30”. Como está a correr este trabalho?
F.S: Muitíssimo bem. É a continuação de um trabalho sério, profissional e de dedicação extrema. Temos muito amor e carinho dedicados a este projeto e entre nós todas.

M.L: Partilha o protagonismo de “40 e Então?” com Maria Henrique e Ana Brito e Cunha, tal como aconteceu em “Confissões das Mulheres de 30”. Como é trabalhar com ambas?
F.S: O melhor do Mundo. Um luxo.

M.L: Como tem sido a reação do público a esta peça até agora?
F.S: Fantástica. Salas cheias e cheias de entusiasmo.

M.L: Qual conselho que daria a alguém que queira ingressar numa carreira na representação?
F.S: Que pense que não é pêra doce, que só com muito trabalho, esforço, seriedade, dedicação e brio, se chega a algum lado.

M.L: Que balanço faz do percurso que tem feito, até agora, como atriz?
F.S: Parece-me que tenho feito uma muito boa gestão de tudo, dos projetos escolhidos, do inerente processo de desgaste, da diferenciação das personagens, o que aparenta ser fácil, mas não é. Estar em antena durante 20 anos e manter o segmento, é fruto de gestão apertada.

M.L: Quais são os seus próximos projetos?
F.S: A seu tempo se saberão. Agora tenho a digressão desta peça a decorrer, a novela da TVI "Mulheres" no ar, e em exibição nas salas de cinema, um maravilhoso filme do António-Pedro Vasconcelos, "Os Gatos Não Têm Vertigens", tudo projetos de enorme e reconhecido sucesso. Penso que não me posso queixar, verdade?

M.L: Qual é a coisa que gostava de fazer e não tenha feito ainda nesta altura da sua vida?
F.S: Cantar e dançar maravilhosamente!!! Mas descobri entretanto que não tenho a menor vocação para isso, portanto desisto!!!ML

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