quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Mário Lisboa entrevista... Carla Maciel

Natural do Porto, estreou-se na representação em 1992, e desde aí tem desenvolvido um excecional percurso como atriz que passa pelo teatro, pelo cinema e pela televisão (onde entrou em produções como "Ajuste de Contas" (RTP), "A Senhora das Águas" (RTP), "Lusitana Paixão" (RTP), "O Teu Olhar" (TVI), "Baía das Mulheres" (TVI), "Fala-me de Amor" (TVI), "Resistirei" (SIC), "Laços de Sangue" (SIC), "Os Nossos Dias" (RTP) e "Mulheres de Abril" (RTP). Atualmente, é co-protagonista da peça "Albertine-O Continente Celeste" que é escrita e encenada pelo seu marido Gonçalo Waddington e está em cena no Teatro São Luiz até ao próximo dia 18 de Outubro. Esta entrevista foi feita no passado dia 2 de Outubro no Teatro Carlos Alberto no Porto.

M.L: Quando surgiu o interesse pela representação?
C.M: Surgiu naturalmente. O meu pai era uma pessoa que gostava de música e eu fui acompanhando mais ou menos o gosto dele e iniciei-me primeiro na música e depois surgiu a representação.

M.L: Quais são as suas influências, enquanto atriz?
C.M: Tenho muitas consoante o trabalho que estou a fazer.

M.L: Qual foi o trabalho que mais a marcou, até agora, durante o seu percurso como atriz?
C.M: É um bocadinho complicado, porque tem fases. Eu faço teatro desde os 17 anos e foram muito boas as peças que eu fiz. Para mim, todos os trabalhos são importantes.

M.L: Entre 2007 e 2008, participou na telenovela “Resistirei” que foi exibida na SIC, na qual interpretou a personagem Marta Tavares. Que recordações guarda desse trabalho?
C.M: Foi uma personagem forte, porque perde um filho e na altura eu já era mãe, portanto vivi a personagem de outra forma. Houve uma equipa boa e bastante empenhada no trabalho. Fiquei com pena da novela não ter passado integralmente, mas eu tenho tido muita sorte no que diz respeito à televisão, porque têm-me dado personagens muito interessantes para interpretar, com percursos oscilantes a nível emocional e para uma atriz é fantástico.

M.L: Como vê, atualmente, o teatro e a ficção nacional?
C.M: A crise não é só no teatro ou na televisão. É geral, mas ainda assim se continua a fazer boa ficção, bom teatro, apesar de estarmos a viver num momento de crise, de haver pouco dinheiro para a Cultura, e continuamos a evoluir e a crescer como artistas e isso é bom.

M.L: Em 2014, celebra 22 anos de carreira, desde que se estreou como atriz em 1992. Que balanço faz destes 22 anos?
C.M: Bons. Não foram fáceis. Viver-se disto e querer ter uma família, com filhos… Não é um mar de rosas, mas eu adoro aquilo que faço, tenho o privilégio de fazer aquilo que gosto e mesmo nos momentos em que nos sentimos pior, com menos trabalho, com mais angústias, o balanço é sempre positivo e sempre a tirar algo de positivo.

M.L: Como lida com o público que acompanha sua carreira há vários anos?
C.M: Lido bem. Tenho uma página de fãs no Facebook e gosto de sentir que o público me acarinha, que gosta do meu trabalho e para mim isso é uma mais-valia, mais do que tudo na vida. É o que nos faz sorrir e continuar.

M.L: Vive em Lisboa, mas é natural do Porto. Gostava de, um dia, regressar ao Porto no que diz respeito a viver cá permanentemente, quando tiver uma certa idade?
C.M: Já não tenho essa ambição. Eu gosto muito do Porto, gosto de visitar a minha família, gosto de estar aqui a trabalhar, mas agora a minha vida é em Lisboa. Não quer dizer que não venha, as pessoas mudam de ideias, mas neste momento não faz parte dos meus planos vir para cá.

M.L: Qual conselho que daria a alguém que queira ingressar numa carreira na representação?
C.M: Persistência e sobretudo muita humildade.

M.L: Qual é a coisa que gostava de fazer e não tenha feito ainda nesta altura da sua vida?
C.M: Viajar mais.ML

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