quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Mário Lisboa entrevista... Helena Matos

Olá. A próxima entrevista é com a atriz Helena Matos. Natural do Porto, desde muito cedo que se interessou pela representação, tendo iniciado, tardiamente, a sua carreira nessa área, e tem desenvolvido um percurso como atriz que passa, essencialmente, pelo audiovisual (Cinema e Televisão). Viveu em França e em Itália, foi bailarina e empresária na área da Moda, e, atualmente, está aberta a novos projetos na área da representação. Esta entrevista foi feita no passado dia 20 de Agosto no Hotel Infante Sagres no Porto.

M.L: Quando surgiu o interesse pela representação?
H.M: Desde muito cedo, quando andava a estudar, já queria ser duas coisas: ou era atriz ou era hospedeira. Como isso não se realizou, entretanto emigrei, estive a viver em Paris e em Milão, e, na altura, optei pela dança (fui bailarina profissional), fui deixando a representação de lado, não houve oportunidade, até que cheguei a Portugal e fui empresária na área da moda, mas o gosto pela representação sempre esteve presente em mim. Até que mais tarde, surgiu a oportunidade de fazer um curso de formação de atores, e a ideia surgiu novamente. Fiz o curso já tarde, mas nunca é tarde para os nossos sonhos, com persistência e dedicação, penso que conseguimos tudo aquilo que queremos. E a partir daí fiz vários cursos.

M.L: Quais são as suas influências, enquanto atriz?
H.M: A nível nacional: o Ruy de Carvalho e a Eunice Muñoz. E a nível internacional: o Al Pacino, o Harrison Ford…

M.L: Faz, essencialmente, cinema e televisão. Gostava de trabalhar mais em teatro?
H.M: Gostava de ter mais essa experiência do teatro. Ainda não tive essa oportunidade.

M.L: Como vê, atualmente, o audiovisual (Cinema e Televisão) em Portugal?
H.M: Neste momento, está em grande crescimento. Acho que o audiovisual tem potencial para crescer cada vez mais, fazer coisas com qualidade e, neste momento, já se fazem grandes produções.

M.L: Já trabalhou no estrangeiro. Gostava de ter ficado lá?
H.M: Itália ainda está no meu coração. Se me perguntar, se estou arrependida!? Apesar de Portugal ser um país fantástico e lindíssimo, em Itália podia ter tido uma outra oportunidade.

M.L: Dedicou, praticamente, a sua vida profissional no Porto. Gostava de trabalhar mais em Lisboa?
H.M: Eu sou uma saudosista e gosto muito do Porto. Esse é o meu problema. Se estivesse em Lisboa, seria mais fácil, pois a maioria das produtoras estão todas em Lisboa.

M.L: Começou, tardiamente, na representação. Na sua opinião, acha que as pessoas mais velhas terão, no futuro, o seu devido lugar no meio artístico?
H.M: Sim, penso que as pessoas não devem desistir pela idade. Tenho-me apercebido principalmente nas agências, que me dizem que precisam de pessoas da minha idade. Acho que, independentemente da idade que tenham, se gostam e querem, sejam profissionais, apostem na formação. Não é só querer, é também saber.

M.L: Qual o conselho que daria a alguém que queira ingressar numa carreira na representação?
H.M: A minha opinião é difícil. Neste país, uma carreira destas para viver só disso não é fácil, portanto há que ter sempre duas opções: sejam persistentes, sigam os vossos sonhos, mas ter sempre uma outra opção. Viver só da representação, nem sempre se consegue.

M.L: Que balanço faz do percurso que tem feito até agora como atriz?
H.M: O meu percurso na representação começou tardiamente. Tenho colegas que, na altura, fizeram formação comigo e que não tiveram a oportunidade de terem uma participação numa novela de horário nobre. Por exemplo, em “Laços de Sangue” (SIC) e outras, esforcei-me, fiz vários cursos e fui persistente. Claro que gostaria de muito mais…

M.L: Quais são os seus próximos projetos?
H.M: Eu estou sempre aberta a projetos.

M.L: Qual é a coisa que gostava de fazer e não tenha feito ainda?
H.M: Fazer parte do elenco de uma novela ou de uma longa-metragem.ML